Destaco:
"Qual foi a coisa mais importante que aprendeu?
Que nos habituamos a tudo.
Quando iniciou esta aventura disse que queria testar se era possível ser independente da sociedade de consumo. Qual é a sua conclusão?
Não é possível não consumirmos. Tudo o que fazemos está ligado à sociedade de consumo. Mas podemos lutar contra o lado perverso disto: o hiper-consumismo. Se fores habituado a plantar as tuas próprias cenouras tu vais comê-las mesmo que não tenham a forma perfeita. Quando constróis a tua própria cadeira, provavelmente cuidarás melhor dela do que se comprares uma no Ikea por cinco euros. E quando descobrimos a alegria da troca de bens e do upcycling começamos a dar valor a uma série de coisas que considerávamos lixo."
Mais por necessidade financeira do que por qualquer fundamentalismo, nos últimos anos tenho sido "direccionada" a procurar alternativas mais económicas no dia-a-dia.
Ao "habitua-mo-nos a tudo" já lá tinha chegado!
E por vezes nem custa!
Por vezes é só uma aprendizagem, como o desfralde ou o largar a chupeta, passos muito importantes no desenvolvimento das crianças, que assumimos como essenciais e com tempo "certo" para serem feitos... mas connosco já não somos tão exigentes, temos sempre uma desculpa mesmo que no fundo saibamos que não é bem assim... "ah, é só hoje...", "com este tempo apetece...", "também mereço..."
Já é tempo de pensar: preciso mesmo disto? É bom para mim? É bom para os que me rodeiam?
E dar valor às coisas!
Se algo nos custou a adquirir é certo que lhe vamos dar mais valor. Se tivermos de escolher entre comprar A ou B, seja qual for a decisão, se for bem pensada até nos vamos sentir melhor! É urgente acabar como desperdício!
Este é um rumo que estou a tentar dar à minha vida e apesar de nunca ter sido "habituada" ao consumismo, sei que ainda tenho muito a que me "habituar". Todos os dias descubro novas formas de fazer as coisas e vou optando pelas mais saudáveis, ecológicas e obviamente económicas.
Quem se junta? :D
Sem comentários:
Enviar um comentário